O Distrito de Patamuté, no município de Curaçá, recebe neste dia 1º de novembro (domingo), caravanas de romeiros e turistas de toda a região, para a tradicional Romaria do Sagrado Coração de Jesus da Gruta de Patamuté. Durante todo o dia, esse santuário natural é lugar de visitação e celebrações, reunindo as belezas naturais da gruta à fé e religiosidade do povo sertanejo. O acesso para a gruta, a 60 km de Curaçá, é feito por estrada de terraplanagem até a base da serra, seguindo-se num percurso a pé, com uma distância média de 600 m.
Desde o dia anterior, os romeiros vão se acampando no sopé da serra, espalhando-se pela caatinga em barracas e redes. Durante toda a noite, festejam e se confraternizam, com comidas, bebidas e música, ao lado das fogueiras. Ainda durante a madrugada do dia 1º de novembro, iniciam a subida da serra para que seja cumprido o objetivo maior, chegar à gruta para os louvores da fé. Naquele lugar, encanto de beleza e misticismo, os romeiros apreciam o monumento, ao redor do cruzeiro, pagam promessas e deixam ex-votos no santuário. Ali mesmo é celebrada uma missa, ponto máximo da romaria.
Em respeito às tradições do município e reconhecendo o potencial turístico da Gruta de Patamuté, o Governo Municipal de Curaçá realizou diversas ações de reestruturação do espaço de apoio aos romeiros e visitantes. Foram realizadas reformas de banheiros e galpões, visando garantir o mínimo de condições para permanência no local.
Inúmeros mistérios estão relacionados à romaria. Conta-se que a gruta foi descoberta por um sertanejo, que andando pelas caatingas, deparou-se com a caverna oculta no meio do mato. A notícia se espalhou, e todas as pessoas queriam conhecer o lugar. Por volta de 1903, o monsenhor Pedro Cavalcante Rocha estava em missão, no distrito de Patamuté, ao ter notícias da existência da gruta, resolveu encerrar suas celebrações no local. Aquele 1º de novembro, portanto, marcou o início da romaria, que atualmente atrai milhares de pessoas.
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